Maior que a própria vida

Desde meu primeiro post aqui no lugar secreto estou tentando escrever sobre o tema de hoje e não consigo. Uma hora, Deus manda escrever sobre uma coisa, outra hora sobre outra, outra ainda eu esqueço de escrever o texto e posto o que já tava pronto (rsrs), mas enfim... Chegou o momento!

Hoje nós vamos falar sobre chamado.
Chamado, destino, sina, propósito... Chame como quiser. A essência é a mesma: seu chamado é aquilo que você nasceu para fazer e aquilo pelo que você morreria por ou para fazer. Aliás, quem nasce com um chamado, não nasce para viver. Nasce para cumpri-lo.
Em um processo diário que ocorre ao longo de toda a sua vida (não, não é só durante sua caminhada cristã!), Deus te molda, te enche, te transforma, te refaz, te desfaz e te faz de novo e de novo para que você entenda, aceite e cumpra com excelência o que Ele te chamou pra fazer. E, por mais impessoal que isso pareça, acredite, Ele te chamou, mas se você não fizer, outros farão. E a prova disso está em Lucas 19:40, passagem na qual Jesus afirma que se seus discipulos se calarem, as pedras clamarão.
Deus nos chama e nos quer usar não porque Ele precise de nós, mas porque Ele nos ama e acredita em nós. Acredita tanto que mandou seu filho pra cá morrer na cruz por nossos pecados. Mas nós fomos chamados para a nossa própria edificação. Você pode passar a vida inteira fugindo do seu chamado (inclusive quando Deus te dá uns chacoalhões rs) que a obra que tem que ser feita não vai parar por conta disso, mas você vai correr, correr sem conseguir ser feliz porque está negando o seu chamado.
E engraçado é que, como eu disse acima, quem nasce com um chamado não nasce para viver, mas quando a pessoa aceita e começa a cumprir seu chamado, no processo de auto negação, ela morre feliz, porque para que outros possam viver, vale a pena morrer.
Chamado, dons, ministérios, tudo isso é para serviço e manutenção do corpo de Cristo. Se você canta, dança, pula, prega, escreve, aconselha, profetiza, sei lá o que mais, lembre-se que isso não é para você e sim para o corpo, para a igreja.
Por isso, seja excelente no que você fizer. Se você canta, ensaie bastante, estude, aprenda técnicas, ore, jejue, se consagre e se diminua. Ouvi um dia desses que a igreja virou um show e todo show tem seus artistas. Eu sei que é difícil ouvir isso, mas lembre-se disso. Não seja mais um artista, lute contre esse show! Se você dança, monte coreografias que vão tocar quem as vir, ensaie, estude, faça ballet por fora, mas acima de qualquer coisa, consagre-se porque uma linda coreografia sem sentimento algum é como um pastel de vento: parece delicioso, mas é oco. Assista ballets internacionais, assista o Lago dos Cisnes e veja a emoção, o sentimento dessas pessoas. Coreografias quadradas sem sentimentos não tocam Deus e não servem a igreja. Se você prega, escreve, aconselha, profetiza, consagre-se para que seja Deus falando através de você e não você usando Deus como desculpa pra falar coisas que você pensa.
O chamado é algo pelo qual morreríamos, mas não só isso. O chamado é algo pelo qual viveríamos, pelo qual abriríamos mão de viver nossos sonhos e metas para cumpri-lo.

"Senhor, eis-me aqui! Envia-me! Vou pra onde o Teu vento soprar!

Não preciso entender: meu chamado é maior que a minha própria vida!"